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Franceses protestam contra passaporte sanitário e restrições impostas por Macron


As declarações de Emmanuel Macron, presidente da França, no início da semana passada provocaram uma tempestade política quando  o projeto de lei para transformar o passaporte sanitário obrigatório, impedindo que os não vacinados recorram à realização de testes para ir ao cinema, a um estádio ou a um espetáculo, comer num restaurante ou viajar longas distâncias em transporte público estava em análise na Assembleia Nacional. A lei foi aprovada na quinta-feira (6) pela câmara baixa do parlamento francês e seguiu para o Senado.

Os protestos aconteceram em dezenas de cidades. Em Paris reuniu  18 mil pessoas e no resto do país foram mais 87. 200 pessoas nas ruas, segundo o Ministério do Interior. Dez policiais ficaram feridos e 34 pessoas foram detidas. Em Montpellier a polícia teve que usar gás lacrimogéneo para restabelecer a ordem.

Na entrevista que concedida ao jornal “Le Parisien”, Macron também acusou os contrários à vacinação contra a covid-19 de serem irresponsáveis e, com essa irresponsabilidade, de não serem cidadãos franceses.

Afirmando-se “chocado e magoado” com as declarações de Macron, que considerou “discriminatórias e insultuosas”, um militar reformado francês não vacinado apresentou na quarta-feira (5) uma queixa simbólica contra o chefe de Estado francês por “difamação e ameaças públicas por parte de uma autoridade”.

“Impõem restrições que respeito, mas acho insuportável questionar a cidadania dos não vacinados”, disse à AFP  disse Didier Lalande, de 63 anos.

No total, 79% da população francesa recebeu uma dose da vacina e 77,1% tem a vacinação completa. Mais de 28,2 milhões já têm a dose de reforço.  Com mais de 3.800 pessoas com covid-19 nos cuidados intensivos, segundo a agência de saúde pública francesa, o país tem apresentado crescimento nos casos, foram mais 243 casos no fim de semana.




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