Aras defende que STF não pode obrigar Lira a apreciar pedido de impeachment contra Bolsonaro
Augusto Aras, o Procurador-Geral da República, enviou uma manifestação ao STF se posicionando contra uma ação do PDT que quer obrigar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a analisar pedidos de impeachment contra o presidente Bolsonaro (PL).
Segundo o PGR, não existe previsão legal, ou até mesmo constitucional, para que o presidente da Câmara seja obrigado a analisar os pedidos de impedimento, cabe à Câmara escolher quando irá admitir ou não acusações por crime de responsabilidade.
“Diante da ausência de previsão legal e constitucional de prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados aprecie os pedidos de impeachment contra o presidente da República, bem como em razão da natureza política dessa decisão, não cabe ao Judiciário fixar ‘prazo razoável’, sob pena de violação ao princípio da separação de poderes”, explica Aras.
“O recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara dos Deputados é ato sujeito não só ao exame de critérios jurídicos e formais, mas à avaliação política”, afirma o PGR.