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Falta de peças aumenta a parada das montadoras no fim do ano


Com informações da Automotive Business

Por causa da chegada ou da falta de semicondutores e outros componentes, as montadoras fizeram ajustes no tradicional tempo de parada realizado entre dezembro e janeiro. No caso das fabricantes de automóveis, há grande oscilação no número de dias. No caso das fabricantes de caminhões, os períodos são mais definidos.

A falta de componentes levou a GM a conceder quase 30 dias para os trabalhadores da linha de São Caetano do Sul (SP), que terá as atividades interrompidas de 20 de dezembro a 17 de janeiro. A unidade, onde são produzidos os modelos Chevrolet Spin, Joy e Tracker, ficou bastante tempo parada este ano, uma vez que além da falta de peças ela passou por ampla reformulação para produzir a nova picape Montana.

Ainda dentro do universo GM, a fábrica de Gravataí (RS), onde é produzido o compacto Onix, a parada de final de ano será menor na comparação com a fábrica paulista, de 20 de dezembro a 3 de janeiro. De acordo com o sindicato dos metalúrgicos local, a fábrica trabalha a pleno vapor, com estoque de chips e pátios vazios, algo que não aconteceu na transição do primeiro para o segundo semestre, quando houve ali total paralisação pela falta de componentes.

Em São José dos Campos (SP), onde é produzida a picape S10 e o SUV Trailblazer, a parada será de 22 dias, começando no dia 13 de dezembro até 3 de janeiro, segundo a montadora. Em janeiro, aliás, a fabricante retomará o segundo turno da produção da picape, com o retorno de parte do quadro de funcionários do lay-off estabelecido em novembro na unidade.

Em Joinville, onde a GM mantém a produção de motores e transmissões, não haverá férias coletivas, informou a companhia.

 A marca francesa Renault, que mantém fábrica em São José dos Pinhais (PR), a produção de veículos de passeio segue em dezembro normalmente, com a parada programada para ocorrer de 3 a 13 de janeiro. A montadora, de acordo com o sindicato dos metalúrgicos local, seguirá produzindo até o apagar das luzes de 2021 para aproveitar a chegada de componentes ao estoque e, assim, atender a demanda do mercado, que é crescente.

A fábrica de motores, que também fica dentro do complexo, tem parada programada no mesmo período que as linhas de automóveis. Já a linha de produção dos modelos utilitários para este ano, em 27 de dezembro, e retorna às atividades em 13 de janeiro.

Ainda enfrentando a falta crônica de componentes eletrônicos, a Volkswagen decidiu esticar as férias coletivas de fim de ano em todas as suas quatro fábricas brasileiras. A paralisação total das unidades varia de 18 a 26 dias, conforme informamos ontem.

As três fábricas da montadora japonesa Toyota em Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz, em São Paulo, vão parar de 27 de dezembro a 3 de janeiro.

A Stellantis, que mantém fábricas em Betim (MG), onde são produzidos os modelos Fiat, em Goiana (PE), onde são feitos os modelos Jeep e a picape Fiat Toro, e em Porto Real (RJ), onde são produzidos os modelos Peugeot/Citroën, o assunto férias coletiva ainda é algo sobre a mesa de discussão. Procurada pela reportagem, a montadora informou que o departamento de recursos humanos ainda analisa o tema.

Há também indefinição na fábrica da Hyundai em Indaiatuba (SP), onde são produzidos os modelos Creta e HB20.

Na fábrica da Honda em Itirapina (SP), onde são fabricados os modelos Fit, City e o HR-V, a situação ainda não está definida. Segundo o sindicato dos metalúrgicos local, a montadora ainda não protocolou pedido de férias coletivas para a unidade produtiva do interior paulista.

Instalada em Resende (RJ) para produção dos modelos Versa e Kicks, a fábrica da Nissan vai parar em 27 de dezembro e retorna em 13 de janeiro.

 Ainda no Rio de Janeiro, em Itatiaia, a planta da Land Rover parou em 1º de janeiro e vai retornar às atividades no dia 14 deste mês.

A fábrica da BMW em em Araquari (SC) vai parar de 22 de dezembro a 23 de janeiro. Por meio de nota a BMW informou que a parada acontece “para realocações internas de fornecedores locais e manutenção preventiva de equipamentos”. A fabricante aumentou em 10% a produção para o ano na unidade, o que deverá culminar em 10 mil unidades até o final de dezembro.

 Procuradas pela reportagem da Automotive Business, tanto Caoa Chery, que mantém fábrica em Jacareí (SP) e Anápolis (GO), quanto a HPE, que produz veículos Mitsubishi em Catalão (GO), não responderam até o fechamento desta matéria.

No segmento de caminhões, que foi menos afetado pela crise de componentes do que o de automóveis, as paradas seguem dentro da normalidade para o período, exceto a Volvo. A montadora seguirá produzindo em dezembro na unidade de Curitiba (PR). A montadora prorrogou as suas férias coletivas, que começam em 30 de dezembro e vão até 17 de janeiro.

A Scania manteve na programação a sua longa pausa de final de ano para férias e manutenção das linhas. De acordo com a empresa, a produção em São Bernardo do Campo (SP) ficará interrompida de 23 de dezembro a 17 de janeiro.

No caso da montadora alemã Mercedes-Benz, que mantém produção no mesmo município, a parada para férias coletivas ocorrerá de 23 de dezembro a 6 de janeiro.

  A Volkswagen Caminhões e Ônibus concederá férias de 22 de dezembro a 3 de janeiro.

A DAF, com fábrica em Ponta Grossa (PR), Iveco, com produção em Sete Lagoas (MG) e Agrale, em Caxias do Sul (RS), não responderam até o fechamento da reportagem.




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