Lula, o PT e a constante inconsistência do discurso sobre democracia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem defendendo a “reconstrução” da democracia, que, segundo ele, foi ‘perdida’ diante no governo do presidente Jair Bolsonaro. Porém, o ex-presidiário, bem como seu partido, sempre apoiam ditadores de esquerda, e ele mesmo tem defendido com frequência a regulamentação da mídia, o que nada mais é do que uma forma de controlar e impor restrições à imprensa e às redes sociais, o que é o ‘modus operandi’ nas ditaduras que flertam com o PT.
Lula, bem como outros dirigentes do PT, vem elogiando ditaduras esquerdistas e minimizando as críticas a regimes autoritários como os que existem em Cuba, Nicarágua e China, regimes esses que regulamentam a mídia local. Há pouquíssimo tempo o PT saudou, através de uma nota, a vitória ao ditador Daniel Ortega, há 14 anos no poder da Nicarágua, o que foi repudiado pela grande maioria dos políticos no mundo. O ex-presidente também minimizou as críticas ao regime da Nicarágua .
O petista também minimizou os recentes protestos contra a ditadura socialista de Cuba, que chegou a retirar credenciais de profissionais da agência internacional de notícias EFE. Lula afirmou “que essas coisas acontecem no mundo inteiro”.
“A polícia bate em muita gente, é violenta. É engraçado porque a gente reclama de uma decisão que evitou os protestos em Cuba, mas não reclama que os cubanos estavam preparados para dar a vacina e não tinham seringas, e os americanos não permitiam a entrada de seringas. Eu acho que as pessoas têm o direito de protestar, da mesma forma que no Brasil. Mas precisamos parar de condenar Cuba e condenar um pouco mais o bloqueio dos Estados Unidos”, disse Lula em entrevista ao El País.
“Eu fico triste de saber que os americanos não têm a grandeza de compreender que os cubanos têm que ter liberdade de decidir o seu destino. Eu vou morrer reivindicando o fim do embargo”, declarou Lula durante sua passagem recente pela Europa.
Durante recente viagem à Europa, Lula voltou a defender a regulamentação das redes sociais e dos veículos de comunicação, afirmando que assim pode-se criar uma “convivência mais democrática”.
“Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar um parâmetro. Uma coisa é você utilizar os meios de comunicação para informar, educar. Outra coisa é para fazer maldade, para contar mentiras, causar prejuízo à sociedade”, disse o ex-presidente.
No Parlamento Europeu, Lula defender novamente a regulamentação dos veículos de comunicação do Brasil como forma de todas as pessoas serem ouvidas e sem a “censura dos donos da mídia”. “É preciso que a sociedade tenha uma participação nessa democratização dos meios de comunicação”, disse.
“O que se propõe é que em algum momento da história do Congresso Nacional este tema possa ser debatido. Em algum momento os partidos vão debater. O que ninguém pode é ter medo de um debate sobre isso. Não aceito a ideia de que o único controle admissível é o controle remoto”, afirmou o petista.
Essa defesa histórica dos petistas de defender ditaduras comunistas, que sempre cerceiam a liberdade de expressão como forma de reprimir opositores, levam os opositores do PT a sempre colocar em cheque as reais intenções do partido ao propor a regulação da mídia, o que, resumindo, será permitido apenas aquilo que agradar aos petistas.