Alcolumbre desconhece esquema de ‘rachadinha’ de seu próprio gabinete
Conforme noticiamos, o senador Davi Alcolumbre foi beneficiário de um esquema de ‘rachadinha’ envolvendo seis ex-funcionárias do parlamentar, segundo denúncia da revista Veja.
De acordo com a publicação, todas as ex-funcionárias são de baixa-renda, moradoras do DF, emprestavam o nome e o CPF para abertura de contas em banco, foram contratadas como assessoras. Elas repassavam o cartão e a senha para pessoas da confiança do senador. Os salários eram entre R$4.00000 e R$14.000,00 porém o que era repassado a essas mulheres era uma parcela bem pequena desses valores.
Estima-se que o esquema tenha rendido cerca de 2 milhões de reais entre janeiro de 2016 a março deste ano. O senador negou ter conhecimento deste tipo de prática. Segundo a denúncia, quem de fato organizava o esquema era o advogado e economista Paulo Augusto de Araújo Boudens, homem de confiança de Alcolumbre. Ele era quem determinava o valor que cada funcionária iria receber e ficava com os cartões e senhas bancárias.
A relação entre Alcolumbre e Boudens é de extrema confiança, Paulo chefiou o gabinete de Davi por 17 anos.
“Alcolumbre não pode alegar desconhecimento do que se passa em seu próprio gabinete, ainda mais considerando-se que as funcionárias ‘fantasmas’ nunca compareceram naquele recinto”, afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que vem cobrando diariamente uma apuração rigorosa do caso.
A bancada do Podemos vem defendendo o afastamento imediato de Alcolumbre da presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Rodrigo Pacheco (MG), presidente do senado, vem mantendo silêncio sobre o caso.
Boudens foi procurado pela Veja mas não quis se pronunciar e somente divulgou uma nota na qual chama de “inverídicas as informações prestadas pelas ex-servidoras à revista”. “O senador Davi Alcolumbre, em nenhuma ocasião, manteve contato com as ex-assessoras mencionadas na matéria”, afirmou o ex-chefe de gabinete.