Em Tv italiana, Bolsonaro rebate acusação de genocídio por Lula e afirma que PT foi financiado pelo narcotráfico
O presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à emissora de TV Sky TG24 em Roma, na Itália, onde participou da reunião de cúpula do G20. Bolsonaro rebateu as acusações que o petista, Luiz Inácio Lula da Silva, reabilitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e provável adversário de Bolsonaro nas eleições do ano que vem, tem feito em entrevistas o acusando de genocida, entre outras acusações.
Na entrevista, o presidente brasileiro citou as declarações do ex-chefe de Inteligência e Contrainteligência da Venezuela Hugo Carvajal. Segundo o jornal espanhol Ok Diario, o ex-burocrata da ditadura venezuelana admitiu que o país “financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda pelo mundo por pelo menos 15 anos”. Também conhecido como “El Pollo”, ele escreveu um depoimento de sete páginas para a Justiça da Espanha, que o mantém sob custódia.
“Lula me acusa de genocídio por ser um oportunista. O último caso que veio à tona agora: o chefe do serviço de Inteligência venezuelano, preso recentemente, disse que recebia recursos e que todas as autoridades de esquerda recebiam recursos do narcotráfico, dinheiro também enviado para a Espanha”, disse Bolsonaro.
“Lula foi condenado, depois eu não sei como ele não ficou na prisão, mas todo o escândalo de corrupção em que ele se envolveu deixou uma marca muito forte no Brasil. Lula quase levou à falência nossa maior empresa de petróleo, a Petrobras.”
Bolsonaro citou ainda supostas relações do ex-presidente com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo composto de narcotraficantes que exerceu forte influência política no país e em todo o continente. “É uma longa história. Sua liderança política começou quando ele [Lula] teve contato com as Farc colombianas, e, a partir desse momento, começou essa relação com o narcotráfico”, disse.