O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Roma, na Itália na manhã desta sexta-feira (29), mas não comparecerá à Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas “por motivo de agenda”, segundo a Secretaria Especial de Comunicação. Bolsonaro ficará no país por quatro dias.
“Por motivo de agenda, o presidente da República participará da COP-26 por meio de vídeo, gravado e já enviado aos organizadores do evento”, informou a Secom.
O mandatário comparecerá no final de semana ao encontro do G20, que reúne as maiores economias do mundo. Hoje, se reunirá com o presidente da Itália, Sergio Mattarella. Na segunda-feira (1º), Bolsonaro será homenageado e receberá o título de cidadão honorário da cidade de Anguillara Veneta, na província italiana de Pádua. E na terça-feira (2), estará presente na cerimônia em homenagem aos militares brasileiros que lutaram durante a 2ª Guerra Mundial.
A COP-26 acontecerá em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro. A delegação brasileira será liderada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite (Meio Ambiente).
O vice-presidente, Hamilton Mourão, também não comparecerá à COP-26. Em conversa com jornalistas na manhã de hoje, ele afirmou que o governo Bolsonaro é alvo de críticas internacionais sempre motivadas por questões políticas, econômicas e ambientais. “A gente sofre críticas, já falei, por 3 fatores. Eu sempre repito que existe a questão política, o nosso governo é de direita, a maioria das pessoas que tem realmente uma consciência ambiental maior é de esquerda, então há crítica política embutida nisso aí”, declarou.
“Tem a questão econômica. Sempre [há] uma busca de uma barreira em relação à pujança do nosso agronegócio, querendo dizer que ele provém de área desmatada da Amazônia, o que não é uma realidade. E, óbvio, a questão ambiental embutida”, afirmou o vice-presidente.
