STF começa a julgar Roberto Jefferson na próxima semana
No próximo dia 15 de outubro, o STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar o habeas corpus do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, contra a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes em agosto. Jefferson é investigado por uma suposta participação em uma organização criminosa digital que teria o objetivo de atacar integrantes do Supremo e a democracia. O relator do pedido de soltura é o ministro Edson Fachin.
O habeas corpus será julgado no plenário virtual do STF até 22 de outubro. Fachin negou o pedido de soltura de Jefferson com base em uma súmula da Corte. A medida diz que um ministro não deve dar liberdade a alguém que foi preso por ordem de outro integrante do Tribunal. A tendência é que o Supremo mantenha a prisão.
Roberto Jefferson foi preso preventivamente no dia 13 de agosto por ordem de Moraes. O magistrado atendeu a um pedido da PF, que investiga uma suposta organização criminosa que atuaria para desestabilizar a democracia e divulgar mentiras sobre ministros do Supremo. O político foi encaminhado ao presídio Bangu 8. No mesmo local estão detidos o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o “Dr. Jairinho”, preso por suspeita de matar o enteado Henry Borel, de 4 anos. No dia 4 de setembro, Moraes autorizou o político a deixar o presídio para fazer um tratamento médico. O ex-deputado não pode dar entrevista, usar redes sociais, encontrar outros investigados ou receber visitas, salvo se for de familiares.
O Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro, informou à Polícia Federal que o ex-deputado Roberto Jefferson já pode receber alta médico-hospitalar. O documento foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O hospital solicitou que o envio de uma equipe de policiais para fazer a transferência seja tão “célere quanto possível”, pois a estadia do político tem gerado custos elevados com segurança.