O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento, marcado para esta quarta-feira (6), que definiria se o presidente Jair Bolsonaro prestaria depoimento presencialmente ou por escrito, no inquérito sobre sua suposta interferência na Polícia Federal. O motivo de tal suspensão foi o fato de que Bolsonaro se ofereceu para depor pessoalmente ao interrogatório. A decisão do presidente foi comunicada pela AGU ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro somente pediu que possa marcar local e horário, “em virtude da agenda presidencial”.
O fato de Bolsonaro se dispor a comparecer ao depoimento pode ser entendido como mais um sinal de pacificação entre os poderes, em especial com o STF, pois o depoimento do mandatário é uma das ‘últimas peças’ que faltam para a conclusão da investigação. Falta também o depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que deixou o governo acusando o presidente da República de supostamente interferir na PF para obter informações sobre investigações a respeito de aliados, apoiadores e até mesmo familiares. O ex-juíz é investigado neste mesmo inquérito por suspeita de denunciação caluniosa.
