O agronegócio brasileiro bateu recorde de receita com exportações no mês de agosto, o valor exportado foi de US$ 10,90 bilhões, ou seja, 26,7% superior aos US$ 8,60 bilhões exportados no mesmo mês de 2020.
Foi o melhor desempenho do setor para o mês na história. Somente em 2013, teve desempenho similar, alcançando US$ 10 bilhões. Apesar do recorde, a participação do agronegócio no total das exportações do país caiu de 49,4% (agosto/2020) para 40,1% (agosto/2021).
De acordo com o Ministério da Economia, frente ao mesmo período de 2019, o mês de agosto de 2020 registrou um aumento de 26,7% no faturamento com as vendas internacionais. As exportações de carne bovina cresceram 10,1% na mesma comparação e atingiram neste ano US$ 1,17 bilhão em negócios.
As exportações da soja, que inclui os grãos, o farelo e o óleo, atingiram US$ 4,02 bilhões. O aumento do volume exportado de soja em grãos e a forte elevação dos preços internacionais resultaram em US$ 3,14 bilhões de exportações em agosto de 2021 (+52,5%).
A oferta da oleaginosa foi recorde na safra brasileira 2020/2021, com 136 milhões de toneladas de soja, incremento de 8,9%, favorecendo a capacidade de exportação, de acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A China continua sendo o principal destino dos produtos brasileiros, com quase 34,9% do total vendido no mercado internacional, mas um problema antigo ainda persiste, os custos com a logística para o transporte de cargas ainda incomodam os produtores rurais.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apesar dos bons números das exportações, ainda é necessário aumentar a oferta de outros produtos e para outros países. O Brasil trabalha para promover a abertura de acordos comerciais e precisa melhorar a questão das barreiras tarifárias tanto nas exportações como nas importações e esse é um processo que o Brasil tem que caminhar rapidamente.
