Em entrevista ontem (23) para o jornal Folha de São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que a invasão à Bolsa de Valores por militantes do grupo, ocorrida na tarde de ontem, foi a primeira de uma série de ações planejadas pelo movimento. Segundo o líder dos invasores, os protestos são contra a fome e o desemprego no país. Boulos também criticou o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o governo garantiu que salvaria vidas e a economia, mas não fez nem um nem outro e, pelo contrário, promoveu um genocídio no país.
Filho de dois médicos e professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), seu pai, Marcos Boulos, em dezembro de 2019, recebia, como aposentado, mas de R$ 32 mil ao mês. O salário do governador João Doria no mesmo período era de pouco mais de R$ 23 mil.
Boulos estudou em escolas particulares e se formou na própria USP, em filosofia. Depois, fez especialização em psicologia clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde um curso não sai por menos que R$ 1,5 mil ao mês. Um “radical chique visto como santo pela idiotia deslumbrada, um coxinha que resolveu brincar de revolução”, assim foi chamado pelo jornalista e colunista Reinaldo Azevedo, em sua coluna na Veja no ano de 2014.