Jair Messias Bolsonaro, o deputado que com quase 30 anos de câmara que não tinha uma “turminha” para beber whiskey em algum restaurante caro de Brasília ao final do expediente. Que fazia protesto pró-armamento sozinho em frente à Câmara dos Deputados. Que foi flagrado discursando, também sozinho, no plenário dessa mesma casa.
Sozinho. Esse é o perfil de Bolsonaro no meio político. Suas ideias foram consideradas caricatas ou estapafúrdias por incontáveis vezes, tanto que em sete mandatos consecutivos, conseguiu aprovar apenas dois projetos, por falta de apoio, por destoar do restante dos integrantes de egos inflados. Jair Bolsonaro, resumidamente era um membro do baixo clero: sem destaque, sem poder e sem apoio, o que anos depois ele transformou em ativos de sua campanha presidencial.
Com apenas 8 segundos da campanha de 2018, Bolsonaro foi conquistando uma multidão e sem participar de debates por ter sofrido um atendado, até hoje sem solução. O brasileiro, que já estava cansado de tantos escândalos de corrupção, buscava um candidato com identificação de valores, não importa se este tinha a menor ou maior fatia do tempo na TV, ele só queria não ser mais roubado. O que Bolsonaro não esperava era a força que suas palavras, ignoradas por colegas da Câmara, ganhariam tanta força nas redes sociais, onde a campanha presidencial teve grande força.
As redes sociais transformaram o sujeito calado e solitário da Câmara, que passava horas no fundo do plenário imerso na tela de seu celular, no presidente que ganhou uma eleição presidencial de cima de uma cama de hospital e que hoje arrasta multidões por onde passa.
A verdade é que Bolsonaro nunca esteve sozinho, sua popularidade nas ruas é prova concreta e incontestável disso, por isso a imprensa insiste em dizer o contrário, criar pesquisas em que ele não ganha em nenhum cenário, criar uma narrativa que condena tudo o que esse presidente do povo faz.
O presidente está em Nova York, local da Assembleia-Geral da ONU. O Brasil tradicionalmente faz o discurso de abertura deste evento, mas este ano em especial, o mundo quer ouvir o que Jair Bolsonaro tem a dizer. Entre muitas questões, o presidente do Brasil vai falar sobre desmatamento, indígenas e enfrentamento da pandemia. O presidente mostrará o Brasil como realmente está, com avanço da vacinação, diminuição de mortes por COVID-19, recuperação da economia. Mas não espere ler ou ver na imprensa, qualquer comentário positivo sobre esse aguardado discurso. Provavelmente vão dizer que é tudo mentira.