Política

Desfile militar faz CPI esquecer da COVID


A pandemia deixou de ser o foco da sessão desta terça-feira (10) da CPI da COVID. As primeiras horas da comissão foram dedicadas exclusivamente para criticar o presidente Jair Bolsonaro e o desfile de blindados que aconteceu na manhã de hoje. As críticas foram tão priorizadas que a testemunha do dia, o tenente-coronel Helcio Bruno, só começou a falar às 11:30, sendo que a sessão teve início às 10h.

Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, foi o primeiro a criticar Bolsonaro. O senador chamou o desfile desta terça de lamentável e acusou de ser uma “clara tentativa de intimidar parlamentares opositores”. Aziz também acusou Bolsonaro de utilizar a máquina pública para ameaçar a democracia e afirmou que o voto impresso é uma “pauta superficial e golpista que não nos leva a lugar nenhum”.

Senadores como Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (Rede-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS) endossaram o discurso de Aziz. “Trágica coincidência é ter Bolsonaro na presidência”, afirmou Vieira, ironizando a fala de Arthur Lira.

Tasso Jereissati (PSDB-CE) chamou que o desfile de “brincadeira” com a democracia. “Canhões e tanques na Praça dos Três Poderes me constrangem e me aterrorizam”, afirmou. Ele e outros parlamentares destacaram que iniciaram a vida pública à época em que o Brasil viveu seu último período não democrático (1964-1985) e, portanto, guardam lembranças de escaladas autoritárias.




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