“A hora dele vai chegar”, afirma Bolsonaro sobre Alexandre de Moraes
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (5) durante entrevista á rádio 93 FM do Rio de Janeiro, que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é um ditador e que joga “fora das 4 linhas da Constituição há muito tempo“. O presidente ainda disse que “não pretende sair das 4 linhas Constituição”.
Na tarde de ontem (4), Moraes acatou ao pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para incluir o presidente no inquérito das fake news como investigado.
“O senhor Alexandre de Moraes acusa todo mundo de tudo, bota como réu no seu inquérito. Inquérito sem qualquer base jurídica para fazer operações intimidatórias, busca e apreensão, ameaça de prisão ou até mesmo prisão. É isso que ele vem fazendo. A hora dele vai chegar porque está jogando fora das 4 linhas da Constituição há muito tempo“, declarou Bolsonaro.
“Eu não pretendo sair das 4 linhas para questionar essas autoridades. Mas acredito que esse momento está chegando. Não dá para continuarmos com um ministro arbitrário, ditatorial, que não respeita a democracia que não leu a Constituição, ou se leu aplica de acordo com o seu entendimento, para cada vez mais agredir não só a democracia bem como fazer atingir os seus objetivos dessa forma”, disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, a sua inclusão no inquérito é um “absurdo“. Bolsonaro ainda disse que Moraes “é a própria mentira em pessoa dentro do Supremo Tribunal Federal”. Ele voltou defender a proposta do voto impresso e afirmou que o presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso “deve alguma coisa para o PT”.
O presidente afirmou que poderá participar de manifestação favorável ao voto auditável na Avenida Paulista, em São Paulo. “Se o povo paulistano achar que devo comparecer à Paulista, daqui a 2, 3 domingos, irei com o maior prazer. Seria mais um recado para aqueles que ousam estar a margem da nossa Constituição“, afirmou o presidente.
Bolsonaro também defendeu a instalação de uma CPI do TSE para investigar a invasão hacker ocorrida na rede do Tribunal em 2018. “É uma CPI vital para a democracia“, disse.