A CPI da Covid aprovou nesta terça-feira (3), a quebra de sigilo bancário, fiscal, telemático e telefônico do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados.
Barros foi indicado como suspeito de denúncias de corrupção nas compras de vacina pelo governo federal. A suspeita veio após o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF), na CPI, que acusou o parlamentar de ser supostamente citado por Jair Bolsonaro como um dos envolvidos nas irregularidades do contrato de compra da vacina indiana Covaxin.
Barros é autor da emenda nº 117, de 2021, à Medida Provisória nº 1.026, que autorizou a importação da vacina indiana, da farmacêutica Bharat Biotech, em fevereiro deste ano. Essa MP dava “autorização para a importação e distribuição de quaisquer vacinas” e medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que fossem aprovados por autoridades sanitárias de outros países.
Ricardo Barros declarou que o Planalto não interferiu no assunto e que a inclusão do órgão de saúde da Índia também foi motivo de emendas dos deputados Orlando Silva e Renildo Calheiros, ambos do PCdoB.