Conforme noticiamos, o presidente Jair Bolsonaro publicou, nesta quarta-feira (28), a Medida Provisória que recria o Ministério do Trabalho e Previdência, com a transferência das competências e órgãos respectivos do Ministério da Economia, que será comandada por Onyx Lorenzoni. O novo ministro do trabalho terá sob o seu comando um orçamento de R$ 807,2 bilhões, pelas estimativas da Associação Contas Abertas.
Loronzoni será responsável por 66,7% dos recursos atuais autorizados para a Economia neste ano, excluindo a dívida pública, e por quase 25% do pessoal da pasta chefiada pelo ministro Paulo Guedes.
“Esses dados são estimativas. Em termos de valores, a Economia vai encolher, pois o grosso do dinheiro vai para o Trabalho e Previdência, porque inclui as aposentadorias do INSS”, afirmou o secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Outros órgãos que ficarão sob o comando de Lorenzoni são: o Fundo Nacional de Previdência Complementar (Previc), o Fundo do Regime Geral de Previdência Social e outros fundos previdenciários que estavam no ministério da Economia.
Esse novo ministério terá 23.520 funcionários, de acordo com levantamento feito pela Associação Contas Abertas com base nos dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) de junho de 2021. O que representa cerca de 25% dos 92.464 servidores ativos do ministério chefiado hoje por Guedes, segundo o Correio Braziliense.
“Além do que diz respeito ao pessoal, o ministério vai ter que criar a própria estrutura administrativa que estava dentro da Economia, e, agora, será criada uma nova casta de servidores nesse novo ministério, que ainda precisará contar com carro e motorista para o ministro, na contramão do discurso de Paulo Guedes de buscar economizar gasto publico com uma estrutura unificada para os cinco ministérios que foram fundidos”, lembrou o secretário-geral da Contas Abertas.
