A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro,foi entrevistada pelo programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, exibido ontem (26). Durante a entrevista, ela comentou sobre seus dados pessoais vazados na semana passada.
De acordo com a médica, o STF já havia determinado que suas informações pessoais fossem preservadas, ou seja, ninguém poderia torná-las públicas, o que não cumprida por setores da imprensa nem por parlamentares. “Vídeos foram vazados pela Rede Globo, portal G1 e The Intercept”, afirmou a médica. “Isso é crime, é preciso que a população entenda a gravidade dessa situação”, desabafou.
A medida cautelar permitia a utilização dos dados sigilosos apenas durante os trabalhos da CPI da Covid. “É uma forma de evitar a criação de narrativas falsas contra mim ou qualquer outro depoente”, afirmou. “Então, fizemos uma reclamação constitucional no STF pelo descumprimento dessa ordem judicial. Queremos a apuração do delito, uma vez que o senador Omar Aziz é responsável pela guarda dos documentos”,explicou Mayra.
A médica ainda afirmou ter acionado a Justiça nesta segunda-feira (26), contra Omar Aziz, presidente da CPI da COVID, para pedir indenização por danos morais. “Não bastasse o desrespeito, com a quebra de sigilo e a divulgação dos dados, o senador continua dando entrevistas para veículos de mídia, criando narrativas mentirosas e dizendo que sou ‘desqualificada tecnicamente’, bem como do ponto de vista moral”, declarou Mayra.
Omar Aziz pode ser convocado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o vazamento de seus dados pessoais. “Ele tem suspeição sobre os próprios atos, responde por inúmeros processos, com vários artigos tipificados como crime”, observou a médica. “Eu não respondo a nenhum processo. Então, espero que o senador possa responder por seus crimes e reparar o dano moral que vem me causando”, finalizou a doutora.
