Quem é André Mendonça, o indicado para o STF
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga deixada por Marco Aurélio Mello no STF, André Mendonça tem o chamado perfil “terrivelmente evangélico”, mas também já foi chamado de “terrivelmente supremável” em 2019, quando disputava a preferência pela vaga do Supremo com STF com o ex-juiz e então ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Mendonça é advogado e pastor presbiteriano com posições conservadoras, ocupou a chefia da AGU por duas vezes, de janeiro a abril de 2020, quando foi remanejado durante a primeira reforma ministerial e assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública após a renúncia de Moro, onde ficou até 30 de março deste ano, retornando à sua função original na AGU.
Pós-graduado em direito pela UnB (Universidade de Brasília), doutor em estado de direito e governança global, ele também é mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Foi Diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da AGU e recebeu, em 2011, o Prêmio Innovare, que é o reconhecimento das melhores práticas exercidas no âmbito do Poder Judiciário, na categoria especial “combate ao crime organizado”.
Durante o período que esteve à frente da Justiça, Mendonça ordenou a abertura de inquéritos pela Polícia Federal para investigar pessoas que criticaram o Planalto nas redes sociais e em manifestações, tendo como base Lei de Segurança Nacional.
Mendonça poderá se tornar o ministro mais conservador da corte. Bolsonaro sugeriu que, com Mendonça integrando o STF, a corte inicie as sessões com orações. “Uma pitada de religiosidade, de cristianismo dentro do Supremo, é bem-vinda”, declarou o presidente. Ainda é incerto se ele irá trilhar os passos de Nunes Marques pois ainda precisa passar pelo crivo do senado.