‘Um homem não pode decidir o futuro do Brasil na fraude’, afirma Bolsonaro sobre Barroso
Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro defendeu mais uma vez o voto impresso auditável e reforçou a teoria de que fraudes teriam ocorrido em eleições anteriores.
“Não culpo todos os servidores do TSE, mas há algo na cabeça que comanda ali. Se estamos defendendo o voto auditável, que vai garantir mais transparência para as eleições, por que Barroso é contra? É uma vergonha um cara desse estar ali. Defensor do aborto, da redução da maioridade para estupro e liberação das drogas, este é o perfil do homem que está à frente das eleições. Não podemos esperar as coisas acontecerem para tomarmos as providências. Depois, Barroso vem com a história esfarrapada de que o voto em papel desqualifica as eleições porque fere o sigilo do voto — essa é a resposta de um imbecil, lamento dizer isso de uma autoridade do STF, mas só sendo um idiota para falar isso. Nossa vida e nosso futuro estão em jogo, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, afirmou o presidente.
Bolsonaro ainda disse que “não tem medo de eleições”, desde sejam realizadas de maneira “confiável”.
“Desde o passado as pessoas tentam fraudar as eleições porque é a luta pelo poder. No entanto, a forma como isso ocorre mudou. Hoje em dia a fraude está no TSE. Nós vimos isso em 2014, quando foi divulgada a apuração de minuto em minuto. No início, Aécio estava lá em cima e Dilma embaixo. Com o tempo, as curvas foram se cruzando até que se estabilizaram na horizontal com Dilma na frente. Por 271 vezes consecutivas, de minuto em minuto, depois que as curvas se tocaram, ou melhor, momentos antes da curva se tocar, era ‘Dilma ganhou, Aécio ganhou, Dilma ganhou, Aécio ganhou’. Por 271 vezes. É jogar uma moeda 271 vezes para cima e dar cara, coroa, cara, coroa, isso deve ser a quantidade de átomos aqui na Terra. Então, isso é fraude, é roubalheira”, continuou o mandatário.
Desde que o Brasil adotou as urnas eletrônicas, em 1996, não há a comprovação de qualquer fraude eleitoral. No entanto, esta não é a primeira vez que Bolsonaro alega, sem apresentar provas, que ocorreram ilegalidades durante as eleições. Por isso, o TSE estabeleceu que, até agosto, o presidente apresente provas que sustentem as alegações de fraudes. “Vocês acham que, se Renan Calheiros pudesse fraudar as eleições, por seu caráter, fraudaria? A única forma de bandido se perpetuar na política, como Calheiros e o ‘nove dedos’, é por meio da fraude. Não tenho medo de eleições. Vou entregar a faixa para quem ganhar, mas no voto auditável e confiável. Caso contrário, corremos o risco de não ter eleições no ano que vem”, concluiu.