Política

URGENTE: Omar Aziz dá voz de prisão a Roberto Dias


A sessão da CPI da COVID ouviu nesta quarta-feira o ex-diretor de logística do ministério da saúde, Roberto Ferreira Dias. Próximo ao término da sessão, o presidente da CPI mandou chamar a polícia do Senado e deu voz de prisão à Dias.

“Chame a polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI”, afirmou Aziz. Advogada de Roberto Dias chamou o pedido de “absurdo” e que o depoente deu “contribuições valiosíssimas” à CPI.

Ele está preso por perjúrio, por mentir. Se eu estiver cometendo um abuso de autoridade, que a advogada ou qualquer senador me processem. Ele será detido pelo Brasil. Estamos aqui pelos que morreram, pelas vítimas sequeladas. Não estamos aqui para brincar, ouvir historinha de servidor que pediu propina. Deponete que achar que poder brincar, terá o mesmo destino. Ele está preso e a sessão, encerrada”, esbravejou Aziz.

Após a determinação da prisão de Dias, houve um tumulto generalizado na sessão. Senadores alinhados ao governo do presidente Jair Bolsonaro classificaram a atitude de Aziz como abuso de autoridade.

Entenda

Ao longo de todo o dia, Dias negou as acusações trazidas pelo representante da Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira à CPI, e chegou a chamar Dominguetti de “picareta”.

“Dominguetti é um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde. Durante audiência, deu mais uma prova de sua desonestidade, não sendo merecedor de nenhum crédito nesta Casa”, declarou aos senadores.

Dias iniciou afirmando que tinha um “único pedido, poder falar”. “Estou há mais de 10 dias sendo massacrado e citado em todos os veículos de comunicação, sem que haja nenhuma prova ou indício que sustente tais alegações.”

Omar Aziz (PSD-AM), acusou o ex-diretor de fazer um dossiê para se proteger, ao ser exonerado no último dia 30 de junho. Além de discordar de todas as respostas do depoente durante toda a oitiva.

“O senhor sabe que o senhor fez um dossiê para se proteger. Eu estou afirmando, eu não estou achando. Nós sabemos onde está esse dossiê, e com quem está. Não vou citar nomes para que a gente não possa atrapalhar as investigações. O senhor recebeu várias ordens da Casa Civil por e-mail, lhe pedindo para atender. Era ‘gente nossa’, ‘essa pessoa é nossa’. Não foi agora, não”, declarou Aziz, impaciente com algumas respostas de Dias.

No momento em que respondia a uma pergunta feita pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), Dias foi questionado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que chamou atenção para uma reportagem da CNN que trazia áudios que colocariam em dúvida a versão de suposto “encontro acidental” entre Luiz Paulo Dominghetti e o próprio Dias. “Os áudios que temos do Dominghetti são claros”, justificou Aziz.

Roberto Dias é acusado de ser o responsável por um suposto esquema de propina dentro do Ministério de Saúde nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin. Ele supostamente pediu à Dominguetti US$ 1 adicional por dose do imunizante da AstraZeneca, em uma negociação que envolvia 400 milhões de unidades do produto. Dias nega ter solicitado o valor e ainda nega conhecer Dominguetti, segundo o depoente, ele estava com um amigo quando o suposto representante de vacinas apareceu.




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