O presidente da comissão especial da Câmara que discute a PEC do voto impresso auditável, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), marcou para a próxima quinta-feira (8), a votação da proposta. A sessão de ontem (5) ficou reservada para discutir o parecer do relator, Filipe Barros (PSL-PR), favorável à mudança.
O projeto enfrenta resistências do Tribunal Superior Eleitoral, de ministros do Supremo Tribunal Federal e de parlamentares de 11 partidos sob a acusação de que o tema tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro somente para tumultuar as eleições de 2022. “Estamos sofrendo um ataque, uma campanha do Judiciário, por alguns membros do STF. Em vez de permanecerem dentro de seu honroso mister estão interferindo aos olhos do povo na missão do parlamento”, disse a autora do projeto, Bia Kicis (PSL-DF), na sessão.
Ao final da noite de segunda-feira (5), a deputada federal Paula Belmonte fez uma denúncia em seu perfil no Twitter afirmando que foi retirada da comissão e que parlamentares a favor foram trocados por parlamentares contrários ao voto impresso.
Fui RETIRADA da Comissão do Voto Impresso. Deputados que são a favor do tema foram trocados por parlamentares contrários. É absurdo irem contra algo que torna a eleição brasileira mais moderna e transparente. Por isso, #EuApoioVotoAuditavel
— Paula Belmonte (@paulambelmonte) July 5, 2021
