“Se avançarem, entro no campo minado chamado vale tudo” diz Bolsonaro sobre STF incluir seus filhos em inquérito
Ontem, (1º), o ministro Alexandre de Moraes arquivou o inquérito 4828 que investigou os ‘Atos Antidemocráticos’. Porém, no mesmo documento o magistrado instaurou a abertura de um outro inquérito mirando o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro.
Nas palavras de Moraes, o inquérito foi aberto “em virtude da presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
“O relatório cita textualmente as seguintes pessoas: Jair Messias Bolsonaro, Tércio Arnaud Tomaz, Eduardo Nantes Bolsonaro, Paulo Eduardo Lopes, Eduardo Carlos Guimarães, Carlos Nantes Bolsonaro, Flávio Nantes Bolsonaro, Alana Passos, Leonardo Rodrigues Barros Neto, Anderson Luis de Moraes, Vanessa do Nascimento Navarro, Paulo Nishikawa, Jonathan Willian Benetti”, informa trecho de parecer de Moraes.
No mesmo dia, o presidente Bolsonaro comentou em sua live semanal sobre a atitude de Moraes: “As nossas práticas, como diferem muito das anteriores [de governos anteriores], a pressão vem para cima da gente, para o pessoal da família. Veio inquérito especial para os meus dois filhos hoje. O mais velho e o zero dois sobre fake news. Mas não tem problema, não. Se jogarem fora das quatro linhas da Constituição, entramos num vale tudo no Brasil”.
Ao que tudo indica, o STF que tornar Bolsonaro inelegível a todo custo, por saber que se o voto auditável for implantado, e pelo jeito será, não será possível a eleição de qualquer outro que quiser concorrer contra o atual mandatário do executivo. Vão fazer o possível e o impossível para prolongar a “CPI” da Covid por quantas vezes quiserem, provavelmente vão inventar outras CPIs. O STF continuará a atender a todos os pedidos do Psol, PT, PCdoB e demais opositores, vão quebrar sigilos bancários, telefônicos e digitais de qualquer figura do governo que passar pela frente. O ministro Barroso, com o apoio dos companheiros de plenário, vai continuar na sua guerra a favor do voto eletrônico da forma como ele é hoje, sem mexer em nada. É o verdadeiro “vale-tudo”, só não vale Bolsonaro em 2022 para a presidência se o STF não quiser.