A ministra Rosa Weber, do STF, foi a sorteada para ser relatora da notícia-crime apresentada por senadores contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por prevaricação no caso da compra da vacina Covaxin, nesta segunda-feira (28). A ministra imediatamente enviou a peça para a Procuradoria-Geral da República.
A PGR é quem decide se solicita ao Supremo a abertura de inquérito contra o presidente da República, que é embasada na notícia-crime assinada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da pandemia, por Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO).
“Protocolei no Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por conta da grave denúncia envolvendo o presidente da República, de que não tomou nenhuma providência diante de ter sido noticiado da existência de um gigantesco esquema de corrupção existente no Ministério da Saúde”, acusou o vice-presidente da CPI, Randolfe.
O senador já havia adiantado que faria isso,logo após o depoimento dos irmãos Miranda à CPI da Covid. O deputado federal Luis Cláudio Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, afirmam ter informado à Bolsonaro sobre supostas irregularidades no processo de aquisição da vacina Covaxin.
Na peça enviada ao STF, os parlamentares acusam o presidente de ter conhecimento das suspeitas de esquema criminoso envolvendo a busca pela vacina Covaxin e de quem estaria envolvido nele.
