O maníaco do DF, Lázaro Barbosa de Sousa de 32 anos, já tem defesa constituída e até um pedido de proteção especial à integridade física e mental dele, em caso de prisão. A solicitação protocolada na Justiça prevê salvaguarda contra “qualquer forma de sensacionalismo e exposição vexatória” do procurado.
Os pedidos são da Defensoria Pública do DF e foram endereçados à Vara de Execuções Penais do DF (VEP-DF). A documentação foi encaminhada para análise da juíza Leila Cury, nesta segunda-feira (21).
A defensora pública responsável pelo caso afirma que, “considerando a enorme repercussão nacional conferida ao caso, visando salvaguardar a vida e a saúde de Lázaro, a defesa técnica solicita ao ilustre juízo que, desde logo, seja garantida a proteção da integridade física e psíquica do apenado”.
A defesa ainda pede, que, em caso de prisão, o psicopata seja alocado “em instalações seguras, se possível, sem ter que dividir cela com outros internos do estabelecimento prisional, em caso de ser recapturado com vida”.
A Defensoria Pública destaca “que a tortura, bem como a violência física ou psicológica direcionada a qualquer ser humano são consideradas práticas ilícitas vedadas pelo ordenamento jurídico pátrio e pelos tratados internacionais que o Brasil se comprometeu perante os sistemas global e interamericano”.
A defesa ainda pede que seja conferida a proteção de Lázaro “em face de ataques midiáticos e dos pedidos de ‘entrevistas exclusivas’ ou outro tipo de promoção que o exponha ainda mais quando houver a recaptura, pois estamos vivenciando um sensacionalismo exacerbado nas buscas pelo apenado, com inúmeras comparações do caso com os filmes de ação e com a proliferação de ‘memes’ nas redes sociais criados pelos usuários que acompanham atuação dos agentes públicos”.
Lázaro é procurado há 13 dias por ser suspeito de uma chacina no Incra 9, em Ceilândia. Na ocasião, foram mortos o pai Cláudio Vidal de Oliveira, 48; Gustavo Marques Vidal, 21; e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. A mãe, Cleonice Marques, 43, ficou desaparecida por três dias. Uma força-tarefa formada por moradores do Incra 9, onde aconteceu o crime, encontrou o corpo da mulher no dia 12 de junho. O cadáver de Cleonice estava em uma zona de mata, próximo a um córrego.
O psicopata ainda queimou um carro e uma casa, fez famílias reféns e tem espalhado terror por onde passa.