Brasil assina acordo com EUA para exploração pacífica do espaço
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o Governo Federal assinou acordo de adesão ao programa Artemis da NASA, que planeja enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua em 2024.
O acordo é uma cooperação técnico-científica que traz um conjunto de princípios, diretrizes e boas práticas para a cooperação internacional na exploração do espaço.
O Brasil é o único país da América Latina a assinar o documento e o 12º do mundo, até o momento. Os demais signatários são: Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EUA, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia.
Durante a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o acordo servirá para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e que este é mais um feito da diplomacia brasileira. Outro grande feito o retorno do do Brasil a um dos assentos não permanentes no Conselho de Segurança da ONU, na sexta-feira (11).
“Isso é uma prova irrefutável do bom relacionamento que o Brasil tem com o mundo todo”, disse Bolsonaro.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, destacou também ações recentes na área espacial, como o acordo firmado em 2019 entre Brasil e EUA para o uso militar e comercial da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão. Com isso, o programa espacial brasileiro se fortalece e tem a oportunidade de gerar especialistas.
“Temos caminhos abertos para futuros cientistas, futuros engenheiros, futuros técnicos e futuros astronautas, por que não?”, disse o ministro.
O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, reconheceu o pioneirismo de Santos Dumont e sua contribuição para o desenvolvimento da aviação mundial. O diplomata lembrou que o inventor, no início do século XX, deu à norte-americana Aída de Acosta a oportunidade de pilotar um de seus dirigíveis, o que garantiu a ela o título de primeira mulher a comandar uma aeronave motorizada.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, agradeceu o embaixador por “evocar a memória de Santos Dumont”, fazendo alusão à controvérsia entre os dois países em torno da invenção do avião. Até hoje, enquanto a maior parte dos brasileiros considera Dumont o inventor do primeiro avião, os norte-americanos afirmam que o título cabe aos irmãos Wright.