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Democratas pressionam Trump a não nomear sucessor de Ruth Bader na Suprema Corte


Tão logo veio a confirmação da morte da juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, a feminista Ruth Bader Ginsburg, as lideranças democratas começaram a pressionar o presidente americano, Donald Trump. Os democratas querem que o presidente espere o resultado das eleições de novembro para decidir sobre a sucessão da magistrada. Em 2016, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, impediu o então presidente Barack Obama de preencher uma vaga na corte sob o argumento de que aquele era um ano eleitoral e, portanto, seria mais prudente aguardar o pleito.

McConnell, no entanto, já indicou que deve autorizar a votação do nome escolhido por Trump. Em comunicado, o parlamentar explicou que a situação é diferente do quadro de quatro anos atrás porque, desta vez, o mesmo partido controla a Casa Branca e o Senado. “O nomeado do presidente Trump vai receber o voto no plenário do Senado dos Estados Unidos”, garantiu.

Apesar de toda raiva, os democratas têm pouca chance de bloquear a escolha de Trump. Os republicanos controlam 53 assentos dos 100 do Senado, e o líder da maioria, que tem tratado as escolhas de juízes federais de Trump como prioridade, disse que o congresso votaria pela aprovação de qualquer indicado de Trump. Mesmo antes da morte de Ginsburg, Trump havia publicado uma lista de potenciais indicados. Há anos, ativistas conservadores têm buscado votos suficientes na Suprema Corte para reverter a decisão Roe v. Wade, de 1973, que legalizou o aborto nacionalmente. Na campanha de 2016, Trump prometeu indicar juízes que reverteriam aquela decisão. Mas a corte, em julho, mesmo com maioria conservadora, derrubou uma restritiva lei de aborto de Louisiana, por 5 x 4.Se Trump indicar um juiz antes das eleições, será respaldado pelo plenário do Senado, conforme adiantou McConnell. Será a chance de o presidente americano consolidar, por pelo menos uma geração, a maioria conservadora na mais alta corte americana — 6 dos 9 assentos. E desfigurar o equilíbrio ideológico em temas sensíveis como aborto, imigração, direitos às armas.

O presidente Trump, que realizava um comício no momento da confirmação da morte de Ginsburg, reagiu à notícia respeitosamente dizendo que ela era “uma mulher incrível”. Mais tarde, o líder da Casa Branca destacou, em comunicado, que a juíza era uma “batalhadora” e inspirava muitos americanos, mas não deu sinais de como pretende conduzir a sucessão da magistrada.

Hoje em seu Twitter, Trump disse:

“Fomos colocados nesta posição de poder e importância para tomar decisões para as pessoas que nos orgulharam com seu voto, e a escolha dos juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos é considerada como uma das mais importantes”. “Temos esta obrigação, sem demora!”.

Muitos que acompanham a corte esperam que Trump substitua Ginsburg por outra mulher. Uma possibilidade da lista de Trump é Amy Coney Barrett, juíza conservadora baseada na 7ª Corte de Apelações de Chicago.




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