Marcelo Queiroga afirma que Luana Araújo não harmoniza com a classe médica
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (8) que foi somente dele a decisão de não nomear a médica infectologista Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.
Em seu depoimento na semana passada, a médica afirmou que desconhecia o motivo de não ter sido nomeada para assumir o cargo.
“Entendi que, naquele momento, a despeito da qualificação que a doutora Luana tem, não seria importante a presença dela para contribuir para harmonização desse contexto. Então, no ato discricionário do ministro, decidi não efetivar a sua nomeação”, afirmou Queiroga.
Durante seu depoimento à CPI, Luana disse não ter recebido uma justificativa detalhada do motivo da desistência do seu nome para integrar a equipe do ministério. A infectologista afirmou ainda que foi procurada pelo ministro Marcelo Queiroga que a comunicou pessoalmente sobre sua decisão. “O ministro, com toda a hombridade que ele teve ao me chamar, ao fazer o convite, me chamou ao final e disse que lamentava, mas que a minha nomeação não sairia, que meu nome não teria sido aprovado”, relatou Luana. “Não sei se foi uma instância superior, o que eu posso dizer é que não me parece ter sido dele, não teria lógica. Isso ficou claro para mim”, indagou a médica em seu depoimento.
Queiroga classificou ainda Luana como uma colaboradora “eventual” do ministério e disse ter vetado o nome da infectologista por ela não harmonizar com a classe médica.
“É uma questão política da própria classe médica, não é um nome que harmoniza”, afirmou o ministro.
A afirmação do ministro gerou muitas críticas de senadores.