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Caso Marielle Franco: STF recebe denúncia sobre suposto envolvimento de inspetor da Polícia Civil


Novos desdobramentos no caso Marielle Franco foram reportados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Documentos enviados pela Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro apontam falhas na investigação do assassinato da vereadora e envolvem o nome do policial civil Halter Pitter dos Santos da Silva. Ele é acusado por uma denúncia anônima de ter ordenado o desligamento de câmeras de segurança na área onde ocorreu o crime.

De acordo com o Ministério Público do Rio, a denúncia, recebida através do disque-denúncia, motivou uma verificação que confirmou a existência de um policial civil em atividade com o nome mencionado, que na época dos fatos também exercia o mandato de vereador por Guapimirim (RJ), pelo partido Patriota. No entanto, o MP afirma que nenhuma diligência adicional foi conduzida para averiguar a integridade da denúncia.

Em resposta à coluna de um veículo de comunicação, Halter Pitter negou qualquer envolvimento no caso Marielle Franco e se disse surpreso com as acusações. “Estou surpreso. Não tenho nada a ver com esse caso, não conheço ninguém, nunca cheguei perto, nunca participei de nada vinculado a isso. É alguma mentira, alguma covardia política… Nunca fui procurado. Eu nunca tive nenhum poder político para desligar câmera de lugar algum”, afirmou o policial.

Pitter ingressou na Polícia Civil em 2002 e, segundo ele, jamais foi procurado por autoridades para prestar esclarecimentos sobre o caso Marielle. O documento com as acusações foi enviado inicialmente pela Procuradoria ao STF em 2022 e relata não apenas a denúncia contra o policial, mas também diversos erros na condução da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Outro ponto controverso é a alegação de que câmeras de segurança estariam inoperantes no momento do crime. O inspetor Carlos Alberto Paúra Júnior, também da Polícia Civil, solicitou à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) imagens da câmera instalada na região das ruas João Paulo I e Estácio de Sá, locais próximos ao assassinato, mas foi informado de que o dispositivo estava fora de funcionamento.




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