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Barroso alerta para riscos de “ímpeto autoritário importado” e defende resistência institucional no STF


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte está pronta para resistir a qualquer “ímpeto autoritário” que possa vir “importado de qualquer lugar do mundo”. A declaração, feita nesta quarta-feira (13) durante evento do Lide, foi interpretada como uma alusão ao possível retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Barroso destacou sua preocupação com uma nova ordem mundial, que poderia comprometer o multilateralismo e trazer uma “onda autoritária”. Ele garantiu que o STF será um bastião contra essas ameaças. “Nós precisamos resistir, e o Supremo Tribunal Federal está lá para resistir a qualquer ímpeto autoritário que venha importado de qualquer lugar do mundo”, declarou.

No evento, Barroso também discutiu temas críticos para o Brasil, como segurança pública, criticando a “guerra às drogas” e alertando para o aumento do poder das facções criminosas. Ele elogiou a atuação de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF e atual titular da Justiça no governo Lula, no combate à violência.

O presidente do STF expressou insatisfação com o sistema de voto proporcional, que considera confuso e pouco transparente. Em consonância com outros magistrados do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso defendeu a adoção do modelo distrital misto, inspirado no sistema alemão, que, segundo ele, permitiria ao eleitor saber exatamente quem ele elegeu.

Em seu discurso, Barroso ainda abordou a necessidade de uma transição ecológica urgente, afirmando que o Brasil já deveria “investir mais energia em transformação ecológica”.




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