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STF continuará “blindado” caso Alcolumbre seja o novo presidente do Senado


O senador Davi Alcolumbre (União), visto como o favorito para assumir a presidência do Senado em 2025, já fechou um acordo com o PSD para garantir que um nome do partido, liderado por Gilberto Kassab, comande a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais influente da Casa. O principal objetivo dessa articulação é bloquear qualquer tentativa de impeachment ou iniciativas que possam ameaçar o poder dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma das estratégias em discussão é manter a dobradinha com o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Pacheco, embora cogitado para assumir o Ministério da Justiça no governo Lula, pode optar por permanecer à frente do Senado por mais um ano, antes de ser indicado ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 2026, quando a vaga de Aroldo Cedraz se abrirá. A passagem pelo TCU poderia, eventualmente, ser um trampolim para uma futura indicação ao STF.

O PSD, com 14 senadores, já tem nomes fortes para ocupar a CCJ, entre eles Otto Alencar e Omar Aziz, ambos já se posicionaram contra o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, a postura de Alcolumbre, alinhado ao STF, deve causar tensões com o PL, que vinha considerando apoiar sua candidatura, mas desejava garantir a CCJ para si e impulsionar pautas que reequilibrassem a relação entre o Legislativo e o Judiciário.

Na última eleição, o PL lançou Rogério Marinho contra Rodrigo Pacheco, mas foi derrotado e acabou sem nenhuma comissão importante. Agora, o PL planejava agir com pragmatismo, mas diante das articulações pró-STF de Alcolumbre e do PSD, a legenda pode ser forçada a lançar um novo candidato para garantir que temas fundamentais à direita sejam protegidos. Para o PL, a disputa vai além das comissões: é uma questão de assegurar sua sobrevivência política diante do que veem como uma perseguição do STF.




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