A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, chamou atenção nesta terça-feira (24/9) ao vestir um casaco com bordados tradicionais palestinos na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A peça, um presente da embaixada da Palestina no Brasil, foi interpretada como um gesto de apoio ao lado palestino em meio à escalada de violência entre Israel e o Hamas.
Em seu Instagram, Janja explicou a escolha do casaco, destacando que o bordado “Tatriz” foi feito por mulheres palestinas. Ela mencionou números fornecidos pelo Hamas, afirmando que mais de 40 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças, já teriam morrido desde o início dos conflitos na Faixa de Gaza. O uso desses dados, que carecem de verificação independente, gerou críticas, especialmente por sua ligação com fontes não confiáveis.
Janja, que tem histórico de ativismo e é uma figura influente nas decisões do presidente Lula, reforçou o alinhamento do Brasil com a causa palestina. O gesto foi visto como uma provocação à comunidade judaica no Brasil e no exterior, dado o contexto delicado do conflito no Oriente Médio.
O presidente Lula também criticou as ações de Israel em seu discurso na ONU, afirmando que o direito de defesa do país se transformou em “direito de vingança”. Embora tenha reconhecido o ataque inicial do Hamas como um ato terrorista, Lula focou suas críticas na resposta israelense, destacando o impacto na população civil palestina.
A postura da primeira-dama não é nova. Em maio, Janja já havia causado polêmica ao criticar publicamente as ações de Israel na Faixa de Gaza, chamando os bombardeios de “genocídio do povo palestino”. Na ocasião, ela pediu um cessar-fogo imediato e condenou as operações israelenses, alinhando-se com a posição crítica do governo brasileiro em relação à política israelense.
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