Justiça

CGU cobra de Moraes compartilhamento de provas sobre investigação de joias envolvendo Bolsonaro


A Controladoria-Geral da União (CGU) requisitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento de provas no inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados no caso das joias. A CGU busca obter acesso a uma série de materiais, incluindo “áudios, mensagens, e-mails, fotos e vídeos encontrados nos celulares dos investigados”, conforme detalhado no documento enviado ao STF.

O pedido foi formalizado pelo ministro-chefe da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, que argumentou que, até o momento, a Controladoria recebeu apenas os autos principais do processo, sem os elementos de prova que são fundamentais para uma análise mais completa. Entre os materiais que a CGU ainda não recebeu estão conversas extraídas de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, além de registros bancários, quebra de sigilos e outros dados coletados pela Polícia Federal (PF).

Segundo a CGU, a falta de acesso a esses elementos compromete a adoção de medidas administrativas cabíveis contra agentes públicos federais envolvidos no caso. O ministro Carvalho destacou que esses dados são “imprescindíveis para a análise do caso” e que a ausência deles impossibilita a plena atuação da Corregedoria-Geral da União no âmbito de suas responsabilidades sobre a correção de possíveis irregularidades no Poder Executivo.

O pedido da CGU foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise e posterior decisão de Moraes sobre o compartilhamento das provas. O inquérito em questão investiga possíveis irregularidades envolvendo Bolsonaro e outros 11 aliados, que foram formalmente indicados pela Polícia Federal em julho deste ano como autores de diversos crimes.




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