Justiça

Moraes concede prisão domiciliar a dona de clínica investigada por morte de modelo


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a conversão da prisão de Grazielly da Silva Barbosa, dona de uma clínica de estética em Goiânia, para prisão domiciliar. Grazielly é investigada pela morte da modelo Aline Maria Ferreira, de 33 anos, após um procedimento estético malsucedido em sua clínica.

A decisão de Moraes foi influenciada pela situação familiar da investigada, que tem uma filha de 9 anos sob os cuidados de uma tia e avós em tratamento de quimioterapia, necessitando de cuidados. “Tendo em vista exclusivamente os interesses da prole da paciente”, destacou o ministro em sua decisão. Como parte das condições para a prisão domiciliar, Grazielly não poderá se ausentar de sua residência sem autorização judicial.

Grazielly é acusada de exercício ilegal da medicina e de delitos relacionados ao Código de Defesa do Consumidor, particularmente em práticas que definem crimes contra as relações de consumo. Em 23 de junho de 2024, a modelo Aline Maria Ferreira submeteu-se a um procedimento de aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato) na clínica de Grazielly, desenvolvendo complicações que a levaram a ser internada em um hospital particular em Brasília, onde faleceu no início de julho.

Investigações subsequentes revelaram que Grazielly atendia pacientes sem possuir alvará sanitário e sem registro profissional como biomédica. A clínica foi inspecionada enquanto a proprietária atendia duas pacientes, evidenciando a gravidade das infrações cometidas.




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