Lula culpa postos e distribuidoras por alta da gasolina
Durante visita ao Paraná, nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia de retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Araucária (Fafen), da Petrobras, localizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A reativação da fábrica, considerada estratégica para o setor agrícola, representa uma das iniciativas do governo para reforçar a produção nacional de insumos e reduzir a dependência de importações.
Em seu discurso, Lula elogiou a Petrobras e criticou duramente os postos de gasolina e as distribuidoras, acusando-os de inflacionar os preços dos combustíveis e do gás de cozinha. “A Petrobras, hoje, vende GLP a R$ 36 o botijão de 13kg. E ele chega para muita gente no Brasil a R$ 110, R$ 130, R$ 140”, apontou o presidente, destacando que a estatal não aumentou seus preços recentemente, mas que os reajustes estão sendo feitos por postos e distribuidores. “O biocombustível e o óleo diesel também. A Petrobras não aumentou, mas os postos de gasolina aumentaram”, completou.
O presidente também aproveitou a ocasião para criticar gestões anteriores, acusando-as de tentarem “destruir a Petrobras”. Lula relembrou o que chamou de perseguição política a ex-dirigentes da estatal, como José Sergio Gabrielli, que presidiu a empresa durante parte de seu governo anterior.
Finalizando sua fala, Lula foi enfático: “Se você quer prender um ladrão, prenda. O empresário roubou, você prende o empresário. O que você não pode é destruir uma empresa, destruir empregos, destruir a possibilidade desse país, destruir a sua engenharia e destruir a sua empresa de petróleo”.
A cerimônia marca um passo significativo na política de reindustrialização do governo, que tem como objetivo fortalecer setores chave da economia brasileira.