“Quem financia a indústria de memes?”, questiona ministro da AGU
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diante das críticas recentes nas redes sociais. Messias propôs uma reflexão sobre o “financiamento” dos memes contra Haddad, sugerindo que poderiam estar sendo impulsionados por aqueles “alcançados pela tributação depois de muitos anos de benefícios”.
“Quem financia a indústria de memes? Seriam os mais humildes, contemplados na reforma tributária? Ou seriam os mais ricos, alcançados pela tributação depois de muitos anos de benefícios? Vale a reflexão”, escreveu Messias em seu perfil no X, antigo Twitter. “Acho que os mais pobres não gastariam seus recursos atacando quem os defende. Vamos aprofundar a justiça fiscal com firmeza e correção”, concluiu o ministro-chefe da AGU.
Nos últimos dias, memes envolvendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, proliferaram nas redes sociais. As montagens associam a imagem do ministro a paródias, como capas de filmes, focando no tema das “taxas” e impostos. Haddad tem sido alvo de críticas de internautas devido à taxação de compras internacionais de até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”, que entrará em vigor em 1º de agosto. Essas críticas ganharam força com a proximidade da implementação da medida.
Nomes como Taxad, Zé do Taxão, MadTax, Rombocop e Taxman são alguns dos trocadilhos utilizados nas montagens amplamente compartilhadas. As brincadeiras se espalharam rapidamente pela internet, sendo replicadas em diversos posts e compartilhamentos. Recentemente, essa avalanche de memes alcançou até os telões da Times Square, em Nova York.
A reflexão proposta por Messias busca direcionar o debate para a origem e os interesses por trás da disseminação desses conteúdos, sugerindo que a reação popular pode estar sendo manipulada por grupos com interesses específicos em manter privilégios tributários.