Na tarde desta sexta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou em São José dos Campos (SP) que os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em seu governo são uma decisão política, e não técnica ou econômica.
“Não é sempre que o BNDES financia a exportação brasileira, não é sempre que o BNDES tem coragem de emprestar R$ 4,5 bilhões para financiar avião para uma empresa americana. Isso é decisão política. Isso não é decisão econômica e técnica, isso é uma decisão política. E a decisão política é tomada pelo governo”, afirmou o petista ao anunciar um empréstimo de R$ 4,5 bilhões do BNDES para a Embraer produzir e exportar 32 aviões comerciais E175 para a American Airlines.
Lula criticou a administração do BNDES durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que no período o banco tinha como principal função devolver recursos ao Tesouro Nacional. Ele também expressou sua insatisfação com a proposta de vender parte da Embraer e revelou que ficou chateado ao ouvir a notícia enquanto ainda não estava no governo.
“Eu vim aqui porque durante o período passado o BNDES foi um banco que só serviu para devolver dinheiro para os cofres do Tesouro Nacional e fazer as loucuras que fizeram nesse país”, disse Lula.
Outra crítica de Lula foi em relação à “caixa preta” do banco de fomento federal, que Bolsonaro havia prometido revelar, mas que, segundo Lula, nunca foi encontrada. Ele afirmou que a instituição é muito rígida ao conceder empréstimos, o que significa que apenas aqueles que já têm recursos conseguem obter crédito do BNDES.
“Passou 4 anos dizendo que ia encontrar uma ‘caixa preta’ do BNDES. Ele encontrou foi o banco mais equilibrado desse país”, concluiu o presidente.
