STJ anula provas contra investigados da Lava Jato seguindo decisão do STF
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular as provas obtidas contra dois investigados pela Operação Lava Jato. A decisão, tomada na terça-feira (11), beneficia Glauco Colepicolo Legatti, ex-dirigente da Petrobras, e Djalma Rodrigues de Souza, ex-diretor da Petroquisa, antiga subsidiária da estatal.
As provas anuladas baseavam-se nos sistemas Drousys e My Web Day, mantidos pela empreiteira Odebrecht para organizar o pagamento de propinas a agentes públicos. Essas provas foram consideradas ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O colegiado do STJ seguiu o entendimento da relatora, ministra Daniela Teixeira, que também reconheceu a nulidade das provas.
“Na esteira do entendimento proferido pelo Supremo, o reconhecimento da nulidade no material probatório em análise deve ser tido por absoluto”, afirmou a ministra.
Em setembro de 2023, o ministro Dias Toffoli anulou as provas obtidas por meio dos sistemas da Odebrecht, decisão que impactou todos os processos da Lava Jato. Além de terem sido analisadas pelo ex-juiz Sergio Moro, considerado parcial nos julgamentos da operação, Toffoli entendeu que as provas não passaram por acordo de cooperação internacional.