Em uma medida controversa, o Ministério da Fazenda, sob a gestão de Fernando Haddad, implementou uma nova política de comunicação que tem sido apelidada de “lei da mordaça”. A portaria nº 811 proíbe expressamente os assessores de discutirem assuntos “fora de sua área de competência” e de comentarem sobre “a honorabilidade e o desempenho de outras autoridades”. Além disso, está vedado aos assessores abordarem o “mérito de questões ainda não decididas” pelas instâncias superiores.
A decisão tem gerado debates sobre a confiança na equipe de comunicação, composta por profissionais considerados discretos e que tradicionalmente evitam a imprensa. A portaria, que se estende às áreas de imprensa, comunicação digital e marketing, não foi precedida por nenhum incidente que justificasse tal restrição.
Críticos apontam que a medida é agressiva e desnecessária, visto que os assessores ocupam cargos de confiança e podem ser removidos se não corresponderem às expectativas. A portaria foi editada no final de maio e tem sido mantida distante dos holofotes da mídia, apesar de introduzir uma “política de comunicação integrada” que desperta curiosidade.
