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Lula participa de evento oficial ao lado de Ministro das Comunicações indiciado pela PF


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira (21) de um compromisso oficial em São Luís, capital do Maranhão, ao lado do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, recentemente indiciado pela Polícia Federal (PF) por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Este encontro ocorre no reduto político de Juscelino Filho, onde Lula deve anunciar obras e ações do governo federal em diversos setores. Apesar do indiciamento, Lula afirmou anteriormente que o ministro tem o direito de provar sua inocência e havia planejado se reunir com ele para discutir seu futuro no governo, o que ainda não ocorreu.

Na quarta-feira (12), a PF concluiu as investigações sobre o desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), implicando Juscelino Filho nos supostos crimes. Lula, em viagem a Genebra, disse a jornalistas que Juscelino teria a oportunidade de se defender.

Juscelino Filho anunciou o encontro com Lula em uma postagem nas redes sociais na quinta-feira (20). Segundo o Planalto, o objetivo do encontro é o anúncio de obras e ações do governo federal.

O indiciamento do ministro decorre de investigações iniciadas em setembro de 2023 pela Operação Benesse, que também envolveu sua irmã, a prefeita afastada de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende. Em janeiro do ano passado, Juscelino direcionou R$ 5 milhões de emendas do relator para a Prefeitura de Vitorino Freire, visando asfaltar uma estrada que passa em frente à sua fazenda. Empresas ligadas a amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura.

Uma auditoria interna da Codevasf concluiu em maio que houve irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire com recursos indicados por Juscelino Filho, constatando pagamentos indevidos para empresas contratadas.

Em nota, Juscelino Filho alegou que a investigação cria uma narrativa de culpabilidade sem considerar os fatos objetivos e que o indiciamento não implica em culpa. “A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, afirmou o ministro.




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