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Juventude do PT acusa direção de “sufocar transição geracional” após corte de verba para movimentos sindicais, reforma agrária e LGBTQIA+


A proposta de reduzir a verba destinada às alas internas do Partido dos Trabalhadores (PT) para a disputa de 2024 gerou um intenso bate-boca dentro da legenda. A juventude petista enviou uma carta aos dirigentes acusando a direção nacional de “sufocar e impedir a transição geracional” no partido.

A controvérsia gira em torno da proposta de reduzir de 3% para 1% o recurso do fundo eleitoral destinado às secretarias nacionais da legenda, que representam os movimentos LGBTQIA+, sindical, cultural, da juventude e da reforma agrária.

Os jovens petistas expressaram sua revolta em uma carta, afirmando que as ações da direção nacional visam “sufocar e impedir a transição geracional interna” e “impedir que emerjam parlamentares pretos/as, LGBTs, ambientalistas, do campo e das periferias, indígenas e quilombolas”. A carta foi recebida com “imensa consternação” pelos jovens, que criticaram a proposta de reduzir o fundo eleitoral destinado às secretarias para apenas 1%.

A tesoureira do PT, Gleide Andrade, rebateu a acusação no grupo de WhatsApp da executiva nacional, classificando a carta como “desrespeitosa” e acusando os jovens de fazerem “política de queimação baixa, nojenta, imunda”. Andrade afirmou que até o momento nenhuma proposta de percentuais foi apresentada oficialmente e condenou a intriga gerada.

Nádia Garcia, secretária nacional de juventude do partido, respondeu à tesoureira, dizendo que a carta foi fruto de um acúmulo de reflexões e discussões sobre o tema em todos os territórios do PT. Segundo Garcia, a proposta de redução chegou às secretarias por meio de uma reunião específica para tratar do assunto.

Nos bastidores, integrantes da direção do PT afirmam que a negociação para reduzir o repasse está avançada e que a carta da juventude foi uma tentativa de impedir a mudança. Os jovens destacam que a questão não é apenas estratégica, mas também de “integridade moral e ideológica”.

Essa disputa interna no PT revela as tensões entre as diferentes alas do partido e a preocupação com a representatividade e a alocação de recursos para apoiar as diversas candidaturas nas próximas eleições.




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