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Governo Lula anuncia liberação de R$ 614 milhões para saúde no RS


O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, anunciou nesta segunda-feira (6) a liberação de R$ 614 milhões em emendas individuais e de bancada para o setor da Saúde do Rio Grande do Sul. O estado enfrenta devastadoras enchentes há dez dias, com grandes danos e perdas humanas.

Durante uma coletiva de imprensa, Pimenta destacou o compromisso do governo em intensificar os esforços de resgate e recuperação. “Nós vamos atuar com força total nas próximas horas para concluir o resgate e entrar com toda a nossa capacidade de trabalho nessa fase do restabelecimento,” afirmou o ministro.

As emendas parlamentares, que são verbas do Orçamento da União destinadas por deputados e senadores, serão essenciais para apoiar obras e projetos de saúde no estado. Juntamente com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, Paulo Pimenta deu início à operação do Escritório de Monitoramento em Porto Alegre, buscando coordenar as ações de resposta à crise.

Os ministros também se reuniram com Nísia Trindade, ministra da Saúde, e parlamentares locais para planejar os próximos passos. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, indicou que o presidente Lula anunciará ainda hoje o plano formal e jurídico para o socorro ao estado.

A tragédia em curso no Rio Grande do Sul já resultou em 83 mortes confirmadas, com outras 4 sob investigação, além de 111 desaparecidos e 276 feridos. De acordo com a Defesa Civil, 850.422 pessoas foram afetadas diretamente pelas chuvas, com 19.368 abrigadas temporariamente.

Os serviços básicos também foram severamente impactados: 854 mil pessoas estão sem abastecimento de água, 424 mil sem energia elétrica e 157 estradas estão bloqueadas. Aproximadamente 30% do estado também enfrenta desafios no abastecimento de gás de cozinha.

Essa medida de liberação de emendas é parte do esforço governamental para mitigar os efeitos das enchentes e apoiar a recuperação do estado, que já declarou calamidade pública em 336 municípios.




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