Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella em 2008, foi libertado para o regime aberto após uma decisão judicial favorável. A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou a execução do alvará de soltura, liberando-o da Penitenciária II de Tremembé.
A liberação de Nardoni foi possibilitada após um pedido de sua defesa, que argumentou com sucesso sobre sua boa conduta e cumprimento de mais da metade da pena. “A decisão é irretocável”, afirmou seu advogado, Roberto Podval, destacando a importância da reabilitação como princípio do sistema penal.
Contrariando a recomendação do Ministério Público de São Paulo, que defendia a necessidade de avaliações adicionais para comprovar a aptidão de Nardoni para a vida em liberdade, o juiz José Loureiro Sobrinho avaliou que Nardoni “mantém boa conduta carcerária, possui situação processual definida, cumpriu mais de metade do total de sua reprimenda, encontra-se usufruindo das saídas temporárias, retornando normalmente ao presídio”.
Após sua saída da prisão, por volta das 18h10, Nardoni seguiu para residir na casa de seu pai, na zona norte de São Paulo, e planeja trabalhar na empresa de construção civil da família. Durante o período em regime semiaberto, ele já havia participado de saídas temporárias, nas quais passava tempo com sua esposa Anna Carolina Jatobá, também condenada pelo homicídio de Isabella, e seus dois filhos.
As análises realizadas por uma equipe multidisciplinar da SAP, detalhadas anteriormente pelo Metrópoles, descreveram Nardoni como “lúcido”, “cooperativo” e “globalmente orientado”, sem contraindicações psiquiátricas para progressão penal. O Ministério Público, porém, descreveu Nardoni como um “criminoso atroz, cruel e desumano”.
Agora em liberdade, Nardoni enfrenta o desafio de reintegrar-se à sociedade, apoiado pelo vínculo com sua família, que, segundo os registros, foi um fator crucial para seu comportamento durante o cumprimento da pena.
