Polícia Rodoviária Federal do Amapá testa internet móvel da Starlink em viaturas
A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Amapá iniciou testes com a tecnologia de internet móvel da Starlink, empresa de Elon Musk, para melhorar a conectividade em áreas remotas da Amazônia. O superintendente Klebson Sampaio anunciou em vídeo divulgado pelo Núcleo de Comunicação da corporação que o período de testes começou no dia 9 de abril e vai durar um mês.
Durante o teste, uma viatura equipada com a tecnologia da Starlink percorreu regiões incluindo Macapá, Tartarugalzinho e Oiapoque. “Estou passando aqui para demonstrar o equipamento veicular com internet ‘satelital’ que a gente vai estar fazendo teste aqui no Amapá. Então os companheiros da UOP-Macapá, UOP-Tartarugalzinho e UOP-Oiapoque vão ter a possibilidade de fazer esse teste”, explicou Sampaio.
O superintendente detalhou o cronograma dos testes: “A viatura vai ficar agora na UOP-01, na quinta-feira [11 de abril] a equipe TIC sobe para dar uma passadinha na UOP-02, e depois vai até o Oiapoque, para que faça o teste lá de um mês. E assim a gente vai saber se é uma solução ou não para o nosso problema de internet, inclusive móvel, para, onde a gente estiver, a gente poder consultar todos os sistemas.”
Os testes também estão sendo realizados pelas superintendências da PRF em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte, visando avaliar “a qualidade e funcionalidade em viaturas, mesmo em locais remotos, onde não há sinal de internet por meio de fibra ou 4G”.
Um relatório técnico, produzido entre os dias 11 e 12 de abril, mostrou que o dispositivo manteve a conexão estável na maioria dos testes, apesar de algumas desconexões em áreas com vegetação densa e construções. O relatório concluiu que o desempenho foi “satisfatório”, com boa qualidade de áudio e sem interrupções significativas na comunicação.
A iniciativa de testar a tecnologia da Starlink surge em um momento de tensão entre Elon Musk e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, com Musk acusando o magistrado de atos “ditatoriais” relacionados ao gerenciamento da plataforma X [ex-Twitter]. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a questionar os contratos do governo brasileiro com as empresas de Musk após essas declarações.
A Superintendência da PRF no Amapá segue responsável por mais detalhes sobre a adoção da tecnologia da Starlink, apesar de ainda não ter respondido aos questionamentos sobre a contratação. O espaço continua aberto para futuras manifestações.