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Lira chama Alexandre Padilha de ‘incompetente’ e questiona sua habilidade de articulação política


O presidente da Câmara, Arthur Lira, fez duras críticas ao ministro Alexandre Padilha, rotulando-o como um adversário pessoal e questionando sua habilidade na articulação política. Em uma entrevista concedida em Londrina, Lira abordou as dinâmicas internas da Câmara durante a votação que decidiu pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, refutando quaisquer sugestões de que o resultado representasse uma perda de sua influência.

Lira destacou que a decisão foi tomada de forma independente pelos deputados, sem influências partidárias, e criticou o que considera ser a propagação de informações falsas por membros do governo, que, segundo ele, minam a harmonia entre os poderes estatais. Ele assegurou que o caso Brazão é isolado e não interfere em outras votações ou na eleição para seu sucessor na presidência da Câmara.

Sobre a deliberação sobre a detenção de Chiquinho Brazão, Lira comentou que a margem estreita de votos, com 277 a favor da detenção e 129 contra, além de 28 abstenções, reflete o descontentamento da Câmara com as interferências do Judiciário. “Na minha visão, a votação, que ultrapassou o mínimo necessário de 257 votos por apenas 20, indica que a Câmara está claramente incomodada com certas intervenções do Judiciário em suas operações, sem que isso signifique oferecer proteção aos criminosos”, explicou Lira.

O presidente da Câmara reiterou que a decisão não prejulga o deputado Brazão, que ainda enfrentará processos no Conselho de Ética e no sistema judicial. “A decisão de ontem era puramente sobre a manutenção da prisão ou a liberação do deputado”, esclareceu, reforçando que a estreita diferença de votos não deveria ser vista como uma mensagem direta da Câmara ao Supremo Tribunal Federal.




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