Economia

Governo Lula precisa de R$ 65 bilhões para equilibrar contas e eliminar déficit


O governo precisa de R$ 65 bilhões para equilibrar as contas em 2025. Segundo cálculos atuais, são necessários R$ 50 bilhões adicionais para eliminar o déficit previsto para o próximo ano, mas um gasto adicional de R$ 15,7 bilhões ainda não foi contabilizado.

Essa despesa extra poderia elevar as necessidades financeiras de 2025 para cerca de R$ 15 bilhões a mais, ajustados pela inflação, seguindo as diretrizes do novo arcabouço fiscal. Uma medida em discussão no Senado busca antecipar esse crédito, provendo um alívio imediato.

O Ministério da Fazenda já planeja utilizar esses fundos para cobrir custos emergenciais, como a possível anulação de um veto que bloqueou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, além de custear benefícios previdenciários que superaram as estimativas iniciais. Apesar das greves, como as dos profissionais da Educação, um reajuste salarial para servidores ainda neste ano foi descartado pelo time de Fernando Haddad, embora o Ministério da Gestão, liderado por Esther Dweck, mostre interesse no uso desses recursos para tal fim.

Com o prazo final em 31 de agosto para o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 ao Congresso, a equipe econômica sinaliza que estratégias para aumentar a arrecadação estão sendo elaboradas. Contudo, há um ceticismo generalizado sobre a capacidade do governo de gerar receitas adicionais, dadas as dificuldades enfrentadas em iniciativas prévias e os desafios no Congresso. Isso levou à revisão da meta fiscal para o próximo ano, alterando o objetivo de um superávit de 0,5% para zero.

Recentemente, as tensões no mercado financeiro, marcadas pela alta do dólar, ressaltaram para o Congresso as possíveis consequências de um relaxamento nos esforços para a estabilização fiscal. Um acordo sobre a limitação de benefícios fiscais para o setor de eventos reflete um compromisso do Ministério da Fazenda de não desistir das metas estabelecidas.

Parte das receitas extras esperadas para este ano pode ser postergada para 2025, indicando que o caminho para a recuperação fiscal continua complexo e repleto de incertezas.




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