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“Deveria haver uma lei que obrigasse toda pessoa que deseja se tornar presidente a aprender a contar”, ironiza ministro de Israel


O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, utilizou sua conta no Twitter/X para criticar as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideradas desinformadas. Lula alegou que 12,3 milhões de crianças foram vítimas de ações militares israelenses na Faixa de Gaza, um número significativamente inflado e distante da realidade.

Katz, em sua publicação, sugeriu que “deveria haver uma lei que obrigasse toda pessoa que deseja se tornar presidente a aprender a contar”, marcando Lula ao final do tweet. As declarações do presidente brasileiro não apenas geraram tensão, mas também o levaram a ser declarado “persona non grata” em Israel, um termo usado para indivíduos que não são bem-vindos em um país.

A exigência de um pedido de desculpas por parte de Israel colidiu com a resistência da diplomacia brasileira, liderada pelo assessor-chefe para assuntos internacionais, Celso Amorim, que se posicionou contra qualquer retratação.

Durante um discurso na Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente em Brasília, Lula mencionou erroneamente que “quase 12 milhões e 300 mil crianças que morreram na Faixa de Gaza, em Israel, bombardeadas em uma guerra insana contra a humanidade.” Segundo o Ministério do Interior de Gaza, administrado pelo Hamas, a população total da Faixa de Gaza no fim de 2022 era de 2,3 milhões de pessoas, sendo 1,1 milhão delas menores de idade, o que contrasta drasticamente com os números apresentados por Lula.

O Ministério da Saúde de Gaza, também sob controle do Hamas, registrou aproximadamente 12,4 mil mortes infantis entre as mais de 30 mil vítimas do conflito, evidenciando uma discrepância monumental com a cifra mencionada pelo presidente brasileiro, que superestimou o número oficial em mil vezes. Esta estatística, no entanto, não foi verificada independentemente.




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