O embate entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o influenciador digital Felipe Neto ganhou novos contornos. A Polícia Legislativa foi acionada por Lira após Neto referir-se a ele como “excrementíssimo” durante um simpósio sobre a “Regulação de Plataformas Digitais”. O termo usado por Neto é um termo pejorativo de “excelentíssimo”, visando criticar as ações do deputado. Segundo a assessoria de Lira, o influenciador foi autuado por injúria qualificada, delito que pode resultar em pena de prisão de um a seis meses ou multa.
Em resposta, a Procuradoria Parlamentar da Câmara anunciou que moverá uma ação judicial contra Neto na Justiça Federal. O influenciador defendeu-se em sua rede social X (anteriormente Twitter), alegando que sua fala tinha um caráter humorístico e satírico, sem a intenção de ofender.
Acabo de saber que o presidente da Câmara dos Deputados acionou a polícia contra mim.
Confesso que achei curioso, uma vez q o próprio Arthur Lira disse hoje: “Parlamentar ser chamado para depor na PF porque disse que ministro é isso ou aquilo na CPI é exagerar um pouco”.
Não… pic.twitter.com/GQErGpEg26
— Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) April 25, 2024
Durante o evento, Felipe Neto criticou a condução do PL 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, por Lira. Ele acusou o presidente da Câmara de atrapalhar o avanço do projeto, fundamental para a regulamentação das fake news no país. “É crucial mudarmos a visão sobre projetos como o 2.630, que foi, infelizmente, triturado pelo excrementíssimo Arthur Lira. Sem o apoio do povo, os deputados não votam; sabemos como isso funciona”, expressou Neto.
A polêmica entre os dois promete acirrar os debates sobre liberdade de expressão e a regulação de conteúdos digitais, enquanto Felipe Neto reforça seu papel de ativista digital e Arthur Lira se posiciona na defesa de sua honra e funções públicas.