A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desmascarou um espião russo que operava sob o disfarce de diplomata na Embaixada da Rússia, em Brasília. Revelado pela Folha de S.Paulo, Serguei Alexandrovitch Chumilov, foi forçado a deixar o Brasil em julho de 2023 após a descoberta de suas verdadeiras intenções pelo setor de contrainteligência da Abin.
“A saída ocorreu a pedido do governo da Rússia”, detalha a reportagem, destacando o sofisticado jogo de gato e rato entre espiões e contraespiões na capital federal. Chegado em 2018 como primeiro-secretário, Chumilov não era um diplomata comum. Seu papel, segundo a inteligência brasileira, era recrutar informantes brasileiros, explorando sua posição para coletar dados sobre temas de interesse da Rússia.
Disfarçado também como representante da Casa Russa no Brasil, Chumilov se aproximava de estudantes e acadêmicos oferecendo bolsas de estudo e intercâmbios na Rússia – um método astuto para transformá-los em “fontes humanas” sem que eles suspeitassem.
Embora o Itamaraty acompanhe de perto o caso, mantém-se discreto, afirmando que “não comenta publicamente casos dessa natureza por seu caráter sigiloso”. Do lado russo, silêncio absoluto: a Embaixada da Rússia não respondeu aos questionamentos.
