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Lula critica queda do valor de mercado da Petrobras após redução no pagamento de dividendos


Na entrevista concedida ao SBT Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma postura que, ao tentar defender a gestão da Petrobras, acabou por expor falhas em sua visão sobre a economia e a gestão pública. Em suas declarações ao jornalista Cesar Filho, Lula criticou a queda no valor de mercado da Petrobras após a redução do pagamento de dividendos aos acionistas, questionando a relevância da estatal em atender apenas aos interesses do mercado, ao invés de priorizar o povo brasileiro.

Ao declarar que “a Petrobras tem que pensar em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa”, Lula ignora os princípios básicos de gestão corporativa e responsabilidade fiscal, sugerindo uma distribuição de recursos que desconsidera a sustentabilidade financeira da empresa. A sugestão de que a estatal deveria reduzir dividendos para aumentar investimentos em pesquisa, navios e sondas, sem uma estratégia clara de retorno sobre esses investimentos, levanta dúvidas sobre a eficácia da sua proposta econômica.

Lula também relatou uma “conversa séria” com a direção da Petrobras sobre a redução dos preços dos combustíveis, criticando a paridade internacional de preços. Essa postura revela uma desconexão com a complexidade do mercado global de petróleo, onde a autossuficiência não necessariamente se traduz em independência dos preços internacionais, devido às dinâmicas de exportação e importação.

Suas críticas ao mercado financeiro, descrevendo-o como um “rinoceronte, um dinossauro voraz”, e questionando sua suposta ‘falta de compaixão’, embora carregadas de retórica, falham em reconhecer a importância da confiança dos investidores e da estabilidade econômica para o desenvolvimento social e econômico do país. A demonização do mercado pode afastar investimentos essenciais para o crescimento econômico e a geração de empregos.

A visão de Lula sobre a missão da Petrobras e sua resistência à privatização, citando a história da empresa desde Getúlio Vargas, parece negligenciar os desafios contemporâneos que exigem eficiência, inovação e uma gestão voltada para o futuro, incluindo a transição energética. Ao final da entrevista, ao expressar seu desejo pessoal de viver em um mundo sem poluição e vinculá-lo à missão da Petrobras, o presidente parece mais focado em utopias do que em planos concretos de ação para alcançar a sustentabilidade ambiental e econômica.

Em suma, a entrevista de Lula ao SBT Brasil revela uma abordagem populista que, embora possa resonar com suas bases, levanta preocupações sérias sobre a viabilidade de suas políticas econômicas e a gestão de uma das maiores empresas do Brasil.




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