No dia seguinte à revelação dos resultados financeiros da Petrobras, o mercado assistiu a uma significativa retirada de capital estrangeiro da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Na sexta-feira, um volume impressionante de R$ 1,75 bilhões foi resgatado pelos investidores internacionais, marcando a retirada mais volumosa do mês e posicionando-se como a terceira maior fuga de recursos somente em 2024.
Este movimento ocorre em um contexto onde, horas antes, a Petrobras anunciou seu balanço do ano de 2023, mostrando uma redução de 33,8% em seu lucro. Além disso, a estatal comunicou a decisão de não distribuir dividendos extraordinários, uma medida influenciada diretamente pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo deliberações do Conselho de Administração da estatal.
A repercussão desse anúncio foi imediata e significativa, com a Petrobras experimentando uma desvalorização de R$ 55,3 bilhões em seu valor de mercado em apenas um dia de negociação.
A tendência de retirada de investimentos estrangeiros da B3 não é um fenômeno isolado, observando-se desde o início do ano um movimento constante de saída de capital. Até o momento, o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa brasileira acumula um déficit superior a R$ 20 bilhões.
